cérebro magnético

fotos: daryan dornelles
Alguns certamente dirão: “O quê?! E desde quando Cadu Tenório virou neoMPB?”. Outros, mais cínicos, talvez pensem: “Ahã, improvisação e música experimental é tão popular, né?”. E os mais exaltados irão esbravejar: “P*! De novo esse papo de neoMPB?! Que m* é essa, c*?”. Bem, a grande questão é que a música popular e a sua indústria mantenedora passaram por grandes transformações nos últimos vinte anos. Enquanto o mainstream tornou-se extremamente restrito, abrigando artistas que, em sua maioria, possuem enorme apelo popular, coube à cena independente gerar trabalhos mais ousados, sem necessariamente contestar o que esteticamente a precedeu. Por conta disso, parte desta nova geração chegou a ser rotulada de neotropicalista, graças aos vínculos com alguns cânones desse movimento. Entretanto, ao longo da década de 2000, músicos relacionados a gêneros até então incomunicáveis com a MPB também conseguiram espaço nesse cenário, trazendo a tona influências de post-rock, industrial, electroclash, indie pop, entre outros. Esta ascensão tornou-se clara quando, ao produzir “Recanto” (2011, Universal Music), o elogiadíssimo álbum de Gal Costa, Caetano e Moreno Veloso solicitaram a colaboração de Duplexx e Rabotnik, nomes associados à música de improviso e experimentação carioca. Todos esses entrecruzamentos desgastaram bastante o termo MPB, tornando-o obsoleto por ter, em sua origem, gêneros agora vistos como indesejáveis e anacrônicos, caso da bossa nova e da música regional. Entretanto, conceitualmente, a sigla continuou mantendo uma de suas principais características: a capacidade de absorver estilos distintos, intercambiando e aglutinando-os das mais diversas formas. Assim, por essa ótica e com certa ironia, pode-se dizer que nunca a música produzida no país foi tão “MPB” como agora. E é a partir deste ponto de vista que o Banda Desenhada adotou para si o termo neoMPB. Por mais que também o achemos questionável, ele ainda é o que melhor classifica a produção brasileira contemporânea. Produção esta que teve como estopim a crise de um mercado e que gerou uma nova dinâmica de produção, divulgação e comercialização de uma música que, mesmo “impopular”, traz em si, em maior ou menor grau, o substrato da MPB. Assim, nada mais lógico para nós do que dialogar com a chamada cena experimental carioca. Composta por nomes como Cadu Tenório, Chinese Cookie Poets, Rabotnik, Negro Leo, Bemônio, Dorgas e Duplexx, a cena passou a ganhar destaque na mídia a partir de 2011, muito por conta dos blogs especializados e do pequeno, mas heroico, circuito de casas que abrigam estes artistas.
O mais prolífero e inquieto destes, Cadu Tenório encabeça cinco projetos: Sobre a Máquina, VICTIM!, Santa Rosa’s Family Tree, Ceticências e Gruta. Lançou, em diversos formatos e suportes, nada menos que 14 discos em um período de três anos. Flertando com o noise, industrial, post-rock, dark ambiente, drone e minimal, seu trabalho se caracteriza pela improvisação e pesquisa sonora de elementos do seu dia a dia. Em 2010, ao lado de Emygdio Costa e Ricardo Gameiro, lançou o primeiro EP do Sobre a Máquina, “Decompor”. No ano seguinte, lançou os EPs “Areia” e “Anomia”, do Sobre a Máquina, e “Please Don’t Be Shy/It’s Not So Easy But I’ll Try”, este último pelo Ceticências. Em 2012, lançou “I Like To Smell The Dirty Panties That You Leave In The Bathroom”, primeiro EP do Santa Rosa’s Family Tree, o EP “Beksiński Hug” pelo Ceticências, os álbuns “This Is What You Love, Young Man, And It Isn’t Beautiful!” e “Sexually Reactive Child” pelo VICTM!, “Sobre a Máquina” pelo projeto homônimo – agora contando com o saxofonista Alex Zhemchuzhnikov – e “Grito”, primeiro disco do Gruta, parceria com Thiago Miazzo. Neste mesmo ano, fundou com Thiago a TOC Label e participou do festival Novas Frequências, sendo o único artista brasileiro convidado desta 2ª edição. Em 2013, lançou “Lacuna” e os EPs “Lar” e “Ecos” pelo VICTIM! e o álbum “Issamu Minami” pelo Ceticências. Seus trabalhos com o Sobre a Máquina recebeu elogios e chegaram a figurar na lista de melhores do ano em diversos sites e blogs nacionais e estrangeiros.
Em meio a apresentações e envolvido na produção do segundo disco de seu parceiro Emygdio, Cadu aceitou ser entrevistado pelo Banda Desenhada. Conversamos a respeito de sua carreira, influências, cena experimental, MPB e outros assuntos. A entrevista desenvolveu-se através de constantes trocas de e-mails e conversas em redes sociais.

BD – De 2011 até 2013, você se envolveu em cinco projetos e lançou exatos 14 discos. O que o leva a produzir tão freneticamente? 

Cadu Tenório – É... nunca tinha parado para pensar e colocar em números assim. Parece bastante mesmo. Por volta de 2004, comecei a ter coragem e possibilidade de gravar. As coisas foram amadurecendo até que eu sentisse que estavam prontas. Desde que comecei, me lembro de todos os dias reservar um tempo, mesmo que apenas uma hora, para trabalhar em alguma composição, pôr ideias no papel. Continua sendo assim. Acho que esse período que você sublinhou foi meio que um estopim. Muitas coisas que foram pensadas há bastante tempo ganharam certo gás, por assim dizer, e aí saíram como se uma desse vazão ou motivo para a outra. Embora possa não parecer pela quantidade, foi algo bem natural para mim.

BD – Mas como você lida com a questão da fruição de seu trabalho? Além de ter uma obra extensa em tão curto espaço de tempo, há as dificuldades naturais do nicho em que você está inserido... 

Cadu Tenório – Procuro não pensar muito nessa relação de consumo. Mas não nego a importância do diálogo, acho que as ideias quando são expostas e atingem outra pessoa, de alguma forma, completam um ciclo. Eu estou me comunicando, seja tocando com outros músicos, seja nessa troca direta com o receptor/público.  Acho que faz parte do processo que o que está sendo feito entre em conflito e gere outra coisa, mesmo que seja repulsiva. Costumo trabalhar com detalhes, camadas... acredito que a sensação será provavelmente ruim se alguém ouvir algum trabalho meu de forma apressada. O que já deve limitar bastante o “público”, ainda mais com a compulsão que as pessoas têm de pular de um disco para o outro e tentar seguir o fluxo diário e incessante de lançamentos. Algo como “se não agradar nos primeiros segundos, você pula”. E digamos que eu considere muito a imersão e por vezes o fator replay. Mesmo que sustos e surpresas façam parte apenas da primeira audição, vai ter sempre algo no fundo que passou despercebido. Eu exijo um pouco do ouvinte, sim. Mas acredito que algumas pessoas, como eu, gostam dessa relação mais forte de busca pela “intimidade” com o trabalho de arte, de se atentar aos pormenores, nomes das faixas, capa, encarte, letras – mesmo que seja apenas em pdf –... enfim, encontrar alguma relação entre os símbolos e sinais utilizados. Sem pressa. Dentro do meu processo de criação, eu não excluo o que a gente chama de pop. Tudo que está na minha memória, seja afetiva ou não, é usado de alguma forma. Gosto de pensar que, lá no âmago, não há diferença na absorção entre o que é dito experimental e o que é pop. Superficialmente, até pode-se dizer que sim, mas penso que a diferença na fruição de ambos está na predisposição do ouvinte... Isso me lembrou o que um amigo e um dos meus compositores brasileiros preferidos, o J-P Caron, me disse uma vez: “O seu trabalho é sempre introspectivo e delicado”. O que contraria a superfície agressiva de algumas composições. Creio que para se ter esta percepção você tem que mergulhar na obra. Não me importo se as pessoas deixarem algum dos meus trabalhos para depois, ou mesmo redescobrirem daqui há um ou dois anos algo que passou direto. Acredito também que são poucos os que se interessam por todos os meus projetos. Quem gosta do Sobre a Máquina pode vir a achar o VICTIM! intragável, por puxar o lado extremo. Outros podem gostar apenas do Ceticências, pelo foco nos beats, e isso vale também para os outros projetos e colaborações. Mas consigo ver uma unidade e links entre as coisas. Meus vícios estão sempre presentes. 


BD – Mas creio que esteja bem claro para você o limite de cada um de seus trabalhos...

Cadu Tenório – Na verdade, não existe uma linha demarcando cada um de forma tão rígida. As músicas surgem primeiro. Sempre me sinto ridículo quando tento caracterizá-los. Nunca dá muito certo, fica sempre bem limitado, mas ok, vamos tentar: Digamos que tenha criado o Sobre a Máquina com ideias desenvolvidas para trabalhar com músicos específicos, uma banda. No VICTIM!, eu trabalho sozinho a partir da influência do power electronics. No Ceticências o foco está nos beats. O Gruta é uma colaboração com o Thiago Miazzo. Já o Santa Rosa`s Family Tree é uma grande ironia. Às vezes também uso “Cadu Tenório”, como nas coletâneas do pessoal do Nova Música Eletroacústica.

BD -– Nova Música Eletroacústica?

Cadu Tenório – O NME é um selo independente brasileiro de São Paulo, que organiza eventos e lança trabalhos. O selo tem reunido compositores interessantes nas compilações que lança. Eles acabaram de completar dois anos e estão com uma agenda de lançamentos interessantes para agora, em agosto.

BD – Ainda há pouco você afirmou não descartar o pop. Existe algo do gênero em seu trabalho? Confesso ter dificuldades em perceber isto. Até porque, apesar de muitos não gostarem desse rótulo, você é identificado com a cena experimental carioca. 

Cadu Tenório – O que quis dizer em relação a não excluir o pop do meu processo é que não faço planos do tipo “vou fazer algo experimental”. As coisas vão acontecendo e eu deixo correr. Não discrimino coisas por serem pop. Analisando friamente, músicas como “Oito” do Sobre a Máquina e boa parte do Ceticências flertam com elementos pop. Também não me incomodo com esse rótulo de “experimental”, não sou muito fã dessa tag, mas acho legal o diálogo que as bandas inclusas nesse “"pacote”" mantêm ao longo desses quase dois anos. Algumas realmente trocam ideias e colaboram entre si, mas isso não é geral. Não acho que haja de fato uma “cena”. Porém, este termo, funciona para localizar artistas que frequentam os mesmos pontos. O que é interessante, porque o público dos eventos em comum acaba sendo formado por pessoas abertas às diversas possibilidades, mesmo com suas preferências individuais.

BD – Ainda em relação a rótulos, como você vê essa questão de gêneros como o indie rock, o noise e o industrial serem absorvidos pela neoMPB? Afinal, por mais que seja recente, está começando a ocorrer um diálogo entre estes artistas e os chamados experimentais... 

Cadu Tenório – É legal que esse tipo de dialogo esteja rolando. Não sou a favor da existência de uma separação, como se houvesse um muro entre artistas que são praticamente vizinhos. Estou trabalhando no novo disco do Emygdio, que toca comigo no Sobre a Máquina. Pode-se dizer que é um disco de “neoMPB” que está dialogando bem com outras propostas. O Rio de Janeiro tem ótimos improvisadores que talvez possam acrescentar algo ao pessoal que lida com canções.

BD – O Fernando Torres [idealizador e um dos atuais proprietários do Plano B] parece ser uma peça fundamental para o desenvolvimento dessa cena...

Cadu Tenório  Sim, o Fernando e o Plano B foram e são de grande importância para esta suposta “cena”, de Can do Garfo à Menthe de Chat. São muitas coisas que não vivi, mas que já ouvi falar um bocado por aí. É um cara que acho que você deveria entrevistar. Andamos falando sobre uma apresentação conjunta, tomara que role em breve.

BD – Sugestão de pauta anotada. [Risos]. E como você trabalha a ideia da canção? Ao mesmo tempo em que é instigante não ter que se prender a este formato, deve haver alguma pressão para que você se aproxime dele, não?

Cadu Tenório – Sempre tive um emprego por fora, nunca imaginei que conseguiria sucesso comercial com a minha arte. Por enquanto, minha luta nesse meio é mais voltada para tirar o prejuízo, zerar os gastos. E isso já é bem difícil, não é sempre que acontece. Acabo topando poucos convites de fora do Rio por conta disso. Não sofro nenhuma pressão para me manter no mercado, o que me move por enquanto é só a vontade. Mas seria ótimo viver de música... Sobre como eu trabalho a ideia de canções, com o Emygdio, por exemplo, a parceria funciona voltada para os arranjos dentro das composições dele. Eu ouço e tento acrescentar algo de acordo com as conversas que temos. Com ele tenho liberdade para sugerir alterações dentro das composições também. Eu não faria parcerias com pessoas sem ter algumas conversas com elas, sem entender ou simpatizar um pouco com as vontades e intenções do trabalho que sairiam dali. Preciso de um ambiente em que eu possa mostrar verdade, mesmo que seja o completo oposto. Gosto de ter a liberdade de interagir ali de forma genuína. 

BD – Falando em parcerias, você chegou a dizer em uma entrevista que não se envolveria em um projeto com a Mart’nália, por exemplo.

Cadu Tenório – Desse jeito que você perguntou ficou engraçado. Na realidade, na época, quem citou a Mart’nália foi o próprio entrevistador [Ricardo Wanderley, na revista CRU]. Acho que, na realidade, ela é quem nunca me convidaria pra fazer nada. [Risos]. Eu não negaria um convite de qualquer artista que fosse usando como motivo apenas seus trabalhos anteriores. Precisaríamos dialogar e precisaria me sentir dentro da proposta atual. Declinaria se achasse que não tenho nada a acrescentar ali ou se não gostasse da proposta.


BD – Existe algo na música popular brasileira que o instigue? Cheguei a ler que você é influenciado pelo jazz. Imagino que você tenha algum elo, mesmo que muito discreto, com a bossa nova e o samba, não?

Cadu Tenório – Sim, tem coisas que ainda são fortes na minha memória afetiva. Lembro dos discos do João Gilberto que minha mãe e padrasto gostavam de ouvir nos fins de semana. A coisa do íntimo que o João Gilberto me traz é forte. Dentre os tropicalistas, Tom Zé é o que mais admiro. Quando descobri o trabalho dele na adolescência, fiquei impressionado. Mais ou menos na mesma época, conheci o trabalho do Hermeto [Pascoal] que também me tocou bastante. Mas aí já saímos um pouco do popular, né? Graças ao Hermeto, cheguei ao grande disco do Quarteto Novo. Passei então a atentar para os outros integrantes, em principal para o Airto Moreira. Tanto ele quanto o Hermeto entraram no meu apreço pelo jazz. Um tempo depois de descobrir discos como o “Live-Evil” do Miles [Davis], passei a ir mais fundo e cheguei ao free jazz europeu. Daí para a improvisação livre foi só mais um passinho, e dentro disso encontrei o link que queria com a cultura industrial, a música eletroacústica e os compositores contemporâneos. Enfim, aí já está fugindo demais da pergunta. [Risos]. Quanto ao samba, eu cresci no subúrbio, decorei letras do Bezerra da Silva. Acho incrível a pulsação de uma bateria de escola de samba, mas não é algo que me instiga. Em certa época pesquisei um pouco por conta da minha profissão, trabalhei alguns anos em loja de disco, tinha que saber ao menos um pouco de tudo. Mas, admito que música popular brasileira não é o que você vai encontrar em massa na minha estante, porém tem um espacinho nela para alguns discos.

BD – Você já se declarou influenciado pela música aleatória de John Cage e pelo conceito de paisagem sonora de R. Murray Schafer, o que remete à ideia de ruído versus sons musicais. Isto é bem característico de seu trabalho...

Cadu Tenório – Sim, John Cage é uma influência/inspiração bem comum entre os meus amigos, não conheço ninguém que negue a importância dele. Gosto dos livros do Schafer também. Gosto de como ele lida com simplicidade n’“O Ouvido Pensante” por exemplo, através de exercícios e exemplos simples. É um livro que pode ser lido tranquilamente por quem não é músico também. Gosto de usar ambiências diferentes e do comportamento de certos sons fora de uma sala de gravação, gosto de chiados e ruídos variados. Não sou adepto da obsessão pelo high fidelity. Claro que é essencial em diversas propostas, e eu procuro isso em determinadas ocasiões, mas na maior parte das vezes não faz muito sentido para mim, para o que eu quero passar. O que faço é baseado em sensações, em memória... preciso de elementos que tragam ela, e essa memória nunca é fiel, ela carrega sempre algo de reinventado ou de “gasto”. Muitos rostos vão sumindo da nossa cabeça, e é isso que me atrai na fita cassete. O desgaste, a sensação de que o mesmo som está virando outra coisa com o tempo, mas continua familiar.

BD -– O seu trabalho é classificado de sombrio, claustrofóbico e outros tantos adjetivos que remetem a algo melancólico ou mesmo trágico. Além disso, durante o lançamento do Sexually Reactive Child, foi dito que, ao produzi-lo, você abordou seus traumas de infância e adolescência. Não tem medo de ficar um pouco estigmatizado ou que seu trabalho seja encarado de forma reducionista por conta disso?

Cadu Tenório – O meu trabalho, tanto em áudio quanto em vídeo, quando servem de complemento às músicas, tem como inspiração minhas memórias, e acho que as que mais me inspiram são aquelas que deixam marcas profundas. Não tenho muito que fazer quanto à ideia do clichê, não acho que seja necessário eu insistir em dizer que não falo apenas em traumas. Essa questão do reducionismo não me pertence, foge ao meu controle, e não cesso a liberdade de ninguém em falar o que quiser a respeito do meu trabalho, quando chega neles já fugiu de mim.


BD -– Além de todos seus projetos, você também tem um selo, a TOC Label. Poderia falar a respeito dele?

Cadu Tenório – Sim, mantenho a TOC Label com um grande amigo de São Paulo, Thiago Miazzo. É onde, na medida do possível, tentamos apoiar o pessoal com o qual temos afinidade em algum nível e onde lançamos coisas nossas em pequenas tiragens. Inicialmente seriam só cassetes, mas depois resolvemos lançar CD-Rs também. Tudo em edições bem limitadas e alguns pouquíssimos lançamentos em CD com prensagem um pouco maior. Vamos seguindo conforme o orçamento. Passamos quase oito meses sem lançar nada por motivos de força maior, mas recentemente conseguimos agendar lançamentos até o fim do ano. O nosso site mantém o estilo old school dos selos que nos influenciaram de alguma forma, é tudo simples e direto.

BD – E quais são seus próximos projetos? Li que seu trabalho tem certa projeção no exterior. Pretende investir nisso?

Cadu Tenório – Não sei precisar minha projeção no exterior, mas consegui lançar alguns trabalhos em selos lá de fora, inclusive em alguns onde gente que admiro desde moleque já lançou, o que gera certa alegria juvenil. [Risos]. Mas são selos independentes, nenhuma grande tiragem. Estou gravando no disco do Emygdio, como te falei. Tem mais umas parcerias legais acontecendo, tanto com o pessoal que trabalha com canção quanto com os improvisadores daqui. Não gosto muito de entrar em detalhes antes do tempo, aprendi a contar com os imprevistos. [Risos]. Mas tem coisa nova por vir. O que dá para adiantar é que até o final do ano o Sobre a Máquina deve soltar um EP. E tem alguns trabalhos já prontos como VICTIM! que estão para ser lançados em breve lá fora. Ah, o NMEchá2 será lançado esta semana. Tem uma peça no disco que é de minha autoria e que será reproduzida no concerto de lançamento em São Paulo. E há uma negociação para fazer no Rio de Janeiro também. É isso, estou aberto a novas possibilidades. Venho trocando ideias com alguns cantores aqui do Rio. Devem surgir novos trabalhos em breve, mas por enquanto é segredo. São projetos que estão começando e tenho certo trauma em adiantar demais as coisas. [Risos].

http://flavors.me/cadutenorio
http://www.toclabel.com/

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