ponta de lança


fotos: daryan dornelles

Há uma ou duas décadas, ainda não causava tanto estranhamento o apoio, mesmo que bastante comedido, das grandes gravadoras a artistas que partiam em determinado momento de suas carreiras em busca de experimentações ou novas estéticas. Assim, nos anos 70, Caetano Veloso lançou pela Polygram o seu álbum mais polêmico, “Araçá azul” (1972). Milton Nascimento veio, por sua vez, com “Milagre dos Peixes” (EMI Odeon, 1973), álbum com 11 músicas, sendo oito delas instrumentais, onde, junto com Naná Vasconcellos, fazia entrecruzar a música mineira com a africana. Já Tom Zé, após "Todos Os Olhos" (1973, Continetal), revolveu o mais representativo gênero musical do país, criando o experimental “Estudando o Samba” (1976, Continental). Em 1974, Jorge Ben Jor, baseando-se em textos alquímicos, lançou o icônico “A Tábua de Esmeralda” (Philips). Mesmo na década seguinte, ainda pôde-se observar uma geração de músicos capaz de encontrar, ao seu modo, um equilíbrio entre liberdade artística e mercado, como foi o caso dos Titãs em seu álbum “Õ Blésq Blom” (1989, WEA), que flertava com o tropicalismo e a world music impregnados de programações eletrônicas. Ainda antes, em 1987, a RCA arriscava suas fichas com a inimaginável banda de rock progresso/psicodélico Violeta de Outono. Por fim, no ano de 1994, o maisntream dava seus últimos suspiros de criatividade, ao lançar os álbuns de estreia de Chico Science & Nação Zumbi, “Da Lama ao Caos” (Sony Music) e “Samba Esquema Noise” (Banguela Records/Warner), do Mundo Livre S/A. Tempos depois, já submerso em crise e optando por um pragmatismo atroz, o mercado fonográfico tornou clara a sua opção por uma música incolor, inodora e insípida que, aparentemente, não apresentaria risco financeiro algum às empresas. Deste modo, há quase uma década, a cena independente, que até então era vista como um nicho limitadíssimo e de visibilidade nula dentro das mídias tradicionais, vem apresentando o que de mais relevante e criativo é produzido na música brasileira. E assim foi em 2011, com Pélico (“Que isso Fique entre nós”); Kiko Dinucci, Rodrigo Campos e Romulo Fróes (“Passo torto”), Criolo (“Nó na orelha”); BiD (“Bambas 2”), Cícero (“Canções de Apartamento”); Bixiga 70 (“Bixiga 70”); o projeto “Metá Metá” de Kiko Dinucci, Juçara Marçal e Thiago França; e Gui Amabis (“Memórias Luso Africanas”). Todos estes, artistas independentes, vêm tendo seus álbuns listados entre os melhores do ano em diversas publicações e sites.
“Memórias Luso Africanas” do produtor, compositor e multi-instrumentista paulistano Gui Amabis poderia ser considerado por muitos um álbum “difícil”: Baseando-se nas histórias contadas por sua avó materna, a imigrante portuguesa Firmina dos Prazeres, falecida em 2006,o músico criou uma série de canções em que narra, de forma sutil e pouco linear, a história de sua família, remetendo não só à imigração portuguesa, mas também à sua afro-descendência e ao nascimento de sua filha, Rosa Morena. Disponibilizado gratuitamente para download, o álbum teve ótima recepção por parte da crítica, fazendo com que Amabis se enveredasse pelos palcos e deixasse um pouco de lado seu reconhecido trabalho em trilhas sonoras. O músico participou de uma infinidade de trabalhos para cinema e TV, dentre eles: “Cidade dos Homens” (2003), “Lord of War” (2005), “A estranha perfeita” (2007), “Antonia” (2007), “Filhos do Carnaval” (2009), “Quincas Berro D'água" (2010) e "Bruna Surfistinha" (2011). Também foi responsável pela produção de “Vagorosa”, segundo álbum de CéU, e coproduziu “São Matheus não é um lugar assim tão longe”, álbum de estreia de Rodrigo Campos.
De passagem pelo Rio de Janeiro com sua turnê que contou com as participações especiais de Tulipa Ruiz, Criolo e Lucas Santtana, Gui Amabis recebeu o Banda Desenhada para uma entrevista no Espaço SESC, onde, mais tarde, realizou sua segunda noite de apresentação. Lá, o músico nos falou de sua carreira, de sua geração, da passagem por Hollywood e do projeto “Sonantes”:

BD - Você tem uma longa carreira dedicada às trilhas sonoras e produção. O que o levou a sair desta zona de conforto e lançar um álbum, o "Memórias luso africanas", como artista solo? 

Gui Amabis – Durante a produção da trilha de “Filhos do Carnaval” [série de TV da HBO, exibida em 2006] fiz alguns temas que não se encaixavam e acabei guardando... Havia perdido a minha avó recentemente. Fiquei pensando muito nisso, em como ela havia morrido. Ela era muito viva, tinha uma história de vida muito bonita e sempre nos contava... E morreu com Alzheimer... Foi perdendo a memória, foi se desconectando... Eu era muito próximo a ela, cheguei a morar alguns anos em sua casa. Meus pais moravam fora de São Paulo e eu estudava na cidade... Comecei então a perceber que os temas que havia criado realmente não eram para “Filhos do Carnaval” e que se tratavam de uma outra história. Notei que estava sendo inspirado por aquele momento. Já estava com umas três músicas prontas e senti que havia uma unidade. Mostrei pra CéU e pro Siba, e eles me convenceram a fazer o disco. Ainda falei: “Não, eu faço trilha, não quero ser artista. Fazer um disco... Não quero”. Mas os caras: “Não, meu, faz que vai ficar bonito. As pessoas vão se identificar". Ai decidi terminar e fazer. Escrevi as letras já voltadas para essa história, retratando esses momentos, da passagem transatlântica, do amor imigrante, das questões familiares e do abandono... Foi bem natural.

BD – E você acabou entrando em um esquema que, a princípio, muitos têm problemas: Viver em meio a shows, entrevistas, ser o frontman... Mudou muita coisa? Sentiu alguma timidez ou insegurança? 

Gui Amabis – Quando fiz o disco eu não pensei em fazer shows. Queria apenas lançá-lo na internet, disponibilizando gratuitamente. Mas aí, o Regis Damasceno [guitarrista do Cidadão Instigado] foi gravar uma das faixas e: “Cara, você não vai fazer show?!  Pô, vamos fazer! Vamo aí”! E a mesma coisa aconteceu com o Lucas Santtana... Ele compôs uma das músicas comigo e com o Dengue: “Vamos fazer um show! Eu entro na banda! Toco flauta”! O Lucas havia abandonado a flauta há uns vinte anos já! [Risos]. E o álbum tem muitas flautas, mas são todas samples. Acabei decidindo: “Ok, vamos tocar”. Está sendo bem legal. Mas realmente não é fácil você se colocar nesta situação. Quando era mais novo, tocava em bares em São Paulo. Cantava músicas do Stevie Wonder, Bob Marley, Cartola... Quando comecei a trabalhar em estúdio, parei totalmente com isso. Mesmo assim, está sendo uma experiência bem nova. Estou curtindo, cara. Gosto de cantar e, ainda por cima, são as minhas músicas, com as minhas letras... Estou bem à vontade. Também fico muito seguro por ter ao lado esta banda: Lucas Santanna, Dustan Gallas, Regis Damaceno, Marcelo Cabral, Richard Ribeiro...

BD – As críticas ao álbum também foram superpositivas. Você esperava por isso?

Gui Amabis – Eu fiquei muito surpreso. Porque "Memórias Luso Africanas" não é um álbum fácil. Não é pop. Ele não pega você logo na primeira audição. Imaginei que as pessoas não iriam comentar muito... Ou então que fossem achá-lo um pouco parado e sombrio...  Ele tem um pouco disso por conta da história da escravidão...

BD- Mas o álbum também tem um lado solar...

Gui Amabis – Sim, tem também este lado. Quando o escravo chega aqui, ele não fica triste o tempo inteiro. Existe a hora da festa... E realmente fiquei muito surpreso. Estou muito feliz por ter a oportunidade de tocar estas músicas, de receber convites. Iremos tocar agora em Belo Horizonte [no Festival Eletronika, realizado em novembro último]. Já fizemos quatro shows em São Paulo e dois aqui no Rio. Devemos ir para Recife no ano que vem... Estou bem feliz.


BD - Musicalmente, muitos críticos falaram que o álbum era atmosférico, que tinha ares de trilha sonora. Você concordou com isso?

Gui Amabis – Acho que talvez isso se deva ao fato do disco ser quase um conto, ter uma unidade, um tema, e também por me preocupar muito com os arranjos, a sonoridade e as texturas. Como trabalhado com trilha, estas questões são muito importantes. Às vezes são até mesmo mais importantes do que uma letra ou uma melodia fabulosas. Não que eu não tivesse me preocupado com isto, mas acho que esses dois pontos, somados ao fato de eu ser um compositor de trilha, acabaram destacando essa ideia. Talvez se não fosse por isso, as pessoas não falariam, sabe? Todo mundo vive de referências, até para conseguir se relacionar com o outro. Mas o "Memórias Luso Africanas" realmente conta uma história, então é natural que o encarem como uma espécie de roteiro ou como um álbum imagético.

BD – E quais foram as referências musicais que você utilizou na hora de produzi-lo? 

Gui Amabis – Gosto muito de música brasileira, de Nelson Cavaquinho, Cartola, João Gilberto... Algumas coisas do Clube da Esquina são muito boas... Admiro a música baiana... Acho Dorival Caymmi um gênio.

BD – O Clube da Esquina tem este lado climático nos arranjos, na voz do Milton...

Gui Amabis - O Clube da Esquina foi um dos acontecimentos mais especiais da música brasileira. Porque eles criaram uma sonoridade, assim como João Gilberto, Dorival Caymmi e Jorge Ben [Jor]. São músicos capazes de sintetizar, de um modo quase imperceptível, todas as suas referências em um único som que servirá depois de matéria prima para outros. Eles são uma espécie de patriarcas da música.
    
BD – E você foi influenciado por todos eles na hora de fazer o álbum?

Gui Amabis – Dorival Caymmi com certeza. Ouvi muito “Caymmi e seu violão” (1959). Também escutei bastante música de Gana, o jazz etíope do Mulatu Astatke e... Bob Marley! [Risos]. Nada a ver com o disco, mas é que escutei tanto! Acho que é o cara que mais ouvi na minha vida inteira! [Risos] Ele é muito especial. A música portuguesa, por incrível que pareça, já não foi tanto assim. Tenho algumas referências por conta da minha avó e por meu bisavô ter tocado guitarra portuguesa, mas não sou um profundo conhecedor.

BD - Seu álbum tem este tom familiar e você é irmão do Rica Amabis [músico e produtor]. Qual a importância dele em seu trabalho?

Gui Amabis - Eu sou mais novo do que ele, né? Desde que me lembro, ainda menino, ele era fissurado em música. Eu era menos. Era mais de ficar na rua, andando de bicicleta e jogando futebol... E o Rica já era da música: Tinha a coleção completa da [revista] Bizz, todos os álbuns dos Beatles em vinil, além de todos os discos que saíam de rock nacional. Então eu ficava ouvindo de tabela. Já a minha mãe ouvia muita música brasileira... Chico Buarque, Caetano... Só comecei a ir atrás de música quando ouvi João Gilberto e Bob Marley. [Risos]. Foram os dois caras que quando ouvi, pensei: “Cara, a música é muito louca”! [Risos]. Foi aí que comecei a me interessar, a pegar o violão e tocar. Tinha uns quinze anos. O Rica foi sempre o cara que trazia as novidades. E aí quando passou a trabalhar em estúdio, com Pro Tools, edição e sampler, eu comecei a aprender com ele. Nessa época, mais ou menos em 98, eu trabalhava como professor de natação e, à noite, ficava meio de bobeira e ia na sua casa. Aprendi a mexer em softwears de áudio e samples.

BD - E quando começou a levar a sério a música, a trabalhar de verdade?

Gui Amabis - Comecei trabalhando em estúdio como assistente, aí fui apresentado pelo meu irmão a um compositor de trilhas sonoras, o Antonio Pinto. O Rica sabia que eu pirava em trilhas. Fui estudar música por conta disso. Até sabia um pouquinho, mas achava que para trabalhar com trilhas eu precisava me dedicar mais. Quando terminei os estudos, o meu irmão me apresentou ao Antonio. Ele foi o responsável pelas trilhas sonoras de “Central do Brasil”, “Cidade de Deus”, “Terra Estrangeira”... Trabalhei com ele por cinco anos.

BD - Você fez algumas trilhas para filmes hollywoodianos. Como foi isso?

Gui Amabis – O Antonio Pinto foi convidado para fazer a trilha de “Collateral” [2004]. Fui pra lá como programador e fiquei quatro meses. Durante esse tempo, também compus algumas coisas e um dia o Antonio acabou ouvindo e falou: “Vamos colocar esse tema no 'Crónicas' [2005]. Vai ficar legal”. Essa foi a minha primeira trilha. Depois veio “Lord of War” [2005] e “Perfect Stranger” [2005], com a Halley Berry. Foi uma experiência incrível, cara. Incrível.


BD – E o Sonantes? Vocês lançaram o álbum primeiro lá fora. Por quê?

Gui Amabis – Fizemos o álbum em 2008, mas só conseguimos parcerias para lançá-lo no exterior. Aqui ninguém se interessou muito. E como a CéU estava envolvida com o “Vagarosa”, eu com as minhas trilhas e o Rica, Dengue e Pupillo com o 3 na Massa, o Instituto e o Nação Zumbi, a gente não teve como  dar um gás para este projeto. E aí ficamos com o disco parado. Só no ano passado é que a Oi se interessou em lançá-lo. Ele deve estar na fábrica agora. Já está para sair.

BD – Mas como surgiu essa ideia?

Gui Amabis – Todo mundo morava no mesmo prédio: eu e a CéU em um apartamento, o Rica e o Pupillo em outro. O Dengue, quando ia pra São Paulo, ficava por lá. Comecei a fazer umas músicas enquanto dava um tempo entre uma trilha e outra. Um dia mostrei uma delas pro Dengue, ele: “Caralho! Que legal! Vamos gravar! Vamos fazer um disco”! Ele também havia feito algumas para o 3 na Massa que acabaram não sendo usadas e que tinham a ver com o que eu estava fazendo. Nós nos encontrávamos quase todo dia, eu jogava videogame direto com os caras lá. [Risos]. E aí fomos fazendo. Eu começava uma parte e passava pro Rica, aí o Rica e o Pupillo ouviam e mexiam, o Dengue punha o baixo e o Pupillo a bateria. E, quando vimos, tínhamos um disco.

BD – Ah, então não havia nenhuma pressão?

Gui Amabis – Foi solto, cara. Foi prazer total. A gente nunca fez show, nem pensa em fazer, foi curtição mesmo: “Vamos fazer um disco, experimentar coisas, botar todas as nossas doenças nele”. [Risos]. E aí saiu “Sonantes”.

BD – E ele foi superelogiado.

GUiAmabis – É. Lá fora foi superbem de crítica, na Inglaterra, na França... As pessoas gostaram muito do disco. E aqui... A gente fica triste, né? Porque é difícil, cara.

BD - Você trabalhou e trabalha com os principais nomes desta nova cena: Criolo, CéU, Thiago França, Curumin, Tulipa (Ruiz)...  Existe alguma característica em comum entre vocês?

Gui Amabis – Cara, não sinto que haja uma cena. Sinto sim que tem muita gente fazendo música. Não consigo ver apenas um grupo. As pessoas se relacionam de acordo com os seus interesses, no bom sentido: Os caras curtem seu trabalho e te chamam pra fazer alguma coisa. Acho que é isto. Também ficou muito mais fácil gravar hoje em dia. Então tem muita gente conseguindo fazer um disco. De certa forma, esta geração perdeu um pouco o respeito pelas anteriores. De uma maneira positiva. Ela está mais à vontade e não fica intimidada com a notoriedade dos grandes nomes que vieram antes: “Vamos fazer música e se estivermos desafinando, vamos aí”. [Risos]. E isso faz com que o som fique melhor e afinado. [Risos].

BD – Mas este diálogo constante entre vocês não só nos shows, mas também na produção dos álbuns não acaba, de certa forma, dando alguma unidade?

Gui Amabis – É, o Cabral toca com o Criolo, com o Romulo Fróes, com o Rodrigo [Campos] e com o Sambanzo, que é o projeto do Thiago França...

BD – Sim, e o Thiago França, por exemplo, toca com quase todo mundo. Isto deve gerar um liga, não?

Gui Amabis - É um pouco difícil falar disto agora, enquanto está acontecendo. Talvez daqui há um tempo as pessoas consigam analisar melhor. Nem todos os grupos que compõem esta geração se relacionam diretamente... Cada um faz a sua música. Não percebo uma sonoridade nos unindo. Se você pegar o meu som e o do Rodrigo [Campos], a diferença será nítida. A mesma coisa vale para o Cidadão Instigado. É tudo muito diferente... O Sambanzo, a Tulipa... E se você ouvir o meu disco, a Tulipa está ali, mas... Engraçado... As duas músicas em que canta têm muito a ver com ela. [Risos].

BD – Viu?! [Risos].
  
Gui Amabis - E foi por isso mesmo que a chamei. Havia pensado: “Cara, essa música é pra Tulipa”! Nem a conhecia direito, eu era mais próximo do seu irmão, o Gustavo [Ruiz]. Só a tinha visto no corredor de estúdio. Estava fazendo a trilha do “Bruna Surfistinha” enquanto ela gravava seu disco. É... Enfim, eu não sei se tem uma cena, cara. Mas sei que tem muita gente tocando, fazendo seu trabalho de forma independente, e que, após um grande hiato, está buscando e achando maneiras de viver de música, de ganhar algum dinheiro com isso. Coisa que a tempos atrás só era possível estando em uma grande gravadora, com a máquina trabalhando para você. Hoje em dia o cara faz um projeto, se inscreve em alguma lei... Não que eu seja a favor das atuais leis de incentivo, tenho críticas a isso, mas inegavelmente elas estão ajudando bastante a minha geração a produzir seus trabalhos.

BD – E quais seriam estas críticas? 

Gui Amabis – Acho que as empresas que patrocinam os projetos selecionados pelo MInC não deveriam saber em qual deles a sua verba será empregada. Porque é dinheiro público, dinheiro de imposto, dinheiro que poderia ir para saneamento básico, educação, saúde, segurança, enfim. O que acontece hoje em dia é que a empresa acaba usando este dinheiro para se autopromover, apoiando um artista que já tem certa visibilidade e que irá valorizar a sua marca. Acho que se alguém quer incentivar a cultura, beleza, incentive, mas sem este processo seletivo, de apadrinhamento. É mais lógico, senão a empresa acaba transformando o dinheiro dos impostos em marketing. Esta é a minha opinião. Acho que tem que ter incentivo à cultura sim, porque para o artista independente é muito mais difícil conseguir realizar qualquer coisa. Deveria haver uma banca rotativa no Ministério da Cultura que selecionasse os projetos e barrasse os que envolvessem artistas já estabelecidos e com nomes fortes no mercado. Ou então que obrigassem a ter um cunho social, não cobrando ingressos ou fazendo shows a preços populares. Aí sim! O que não dá para admitir é que alguém pegue dinheiro público e ainda cobre caro pela entrada! Pelo menos é assim que eu penso, cara.







http://guiamabis.com/
http://www.myspace.com/sonantes

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